Amor, é veneno de visão
Saudade é veneno de tato
Adormecido, sem percepção
Saudade é querer segurar
O cheiro do amado
Que no próximo segundo não estará
Saudade é a morte dos apaixonados
Melancolia dos queridos
Sorte dos casados
Saudade é o aperto no peito
Do bardo ferido
Que não tem o par de seu dueto
Saudade é a presença do que não está
Saudade é prender o que não pode ser preso
Até que sobre só a dor
A dor nostálgica de um amor