quarta-feira, 15 de abril de 2009

Tributo ao Clô

Todo teu brilho
Toda tua garra
Toda tua água
Todo teu glíter

Nada teu foi em vão
Nos trouxeste luz
Oh, teu belo par de pernas!
Oh, querido Clô
Te esquecer jamais

Clô, por ti fica a admiração
Clô, tua alma se foi
Clô, conosco fica sua água
Clô, teu corpo é glíter

De ti em nós,
Ainda há a lembrança
Clô queremos que saiba
Gostamos de ti, sim
E é por que te vestias bem...

Para viver ou morrer

Eu sou eu
Minha estranheza singular,
Disfarce de quem sofreu,
Mas que tenta mudar
O mundo que viveu

A vida é simples
Complicada é a morte

A morte é dos fetiches
Da pura imaginação
Você não pode tentar morrer
Apenas se matar

A vida é das expectativas
Projeto de pura esperança
Você sempre terá um recomeço
Pra viver é só querer

quinta-feira, 19 de março de 2009

Por mim

Juro a ti
Um dia lhe quis
Louco fui
Imaginava nós dois
Agora, não mais

Não vou sofrer por ti
Eu tenho alguém
Repreendo- me de ter sofrido por ti
De agora, em diante, terei minha dose de felicidade
Identifiquei o que procuro em outro alguém
Não quero mais sofrer
Havia muito a lhe falar
Agora, só resta o silêncio

Pensando em ti

Sentado nesta sala
Neste ambiente gélido
Na minha ilusória solidão
Só lembro-me de ti

Como queria agora
Tocar em tua pele morena
Sentir tua mão fria
Na minha quente

Olho para a janela
O que queria ver, lá não está
O que posso ver são urubus
Mas como?
Já me sentem?
Apodrecendo

E minha mente se dispersa
Junto com os urubus que lá vão indo

Urubus

Urubu E R
M e l e v a M R A H
Urubu A N A
M
Até que o fio se rompa
E minha alma se corrompa

Tua marca arde

Tua marca em minha pele
Sinto- te em mim arder
Esta marca que eu mesmo faço
Em minha devoção a ti
E esta nova marca
Essa, que estou a deixar
Só se aquietará na nossa hora
O momento em que acharmo- nos
Enquanto lhe busco, ardo
E nessa dor a ti dedicada
Consigo sentir o prazer
Do meu flagelo tão teu
Pois agora em mim queima
Queima o teu nome
Kumiko

Triste retrato

Este papel
Já não tão branco
Mas se estivesse completamente escrito
Por ti seria
Assim como povoas meu pensamento
Já lhe tenho como minha
A nós como nosso
Mesmo que assim não seja
Apesar de verdadeiramente ser

Ah! Por que me faz isso?
Nunca fui paciente
Eu quero ser Ah! Não me confundas

Neste papel rabiscado
Agora vejo teu retrato
Triste retrato
Não me vejo nele
Mas eu queria...

Por ti

Juro a ti
Um dia lhe quis
Louco fui
Imaginava nós dois
Agora, não mais

Não vou sofrer por ti
Eu tenho alguém
Repreendo- me de ter sofrido por ti
De agora, em diante, terei minha dose de felicidade
Identifiquei o que procuro em outro alguém
Não quero mais sofrer
Havia muito a lhe falar
Agora, só resta o silêncio

Tentativa em vão

Como surge o amor
Esse sentimento louco
Este rumorejo rouco
Que nos faz perder o pudor

Como se acaba um amor
Isso quero descobrir
E agora já posso rir
Pois o meu por ti já acabou

Voltei à minha busca
Minha triste peregrinação
Pela luz que me ofusca

Eu quero você, Kumiko
Não adianta imitação
Te quero comigo

segunda-feira, 16 de março de 2009

Poeminha em branco

Se eu te der um oi
Me dê o se sorriso
Se sentar- me contigo
Me dê sua companhia
Se eu ficar sem graça
Dê-me seu olhar de arco- íris
Seus olhos me são cálidos

Se eu abaixar a cabeça
Dê-me carinho
Se eu tomar coragem
Coitado de mim
Se disser que te amo
Dê- me seu amor, por favor.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

O que é o amor

O que é isso
Esse frio na barriga
Por que estou tremendo,
Que sensação é essa
Só ocorre quando estou perto dela

Ela é tão boa pra mim
Quando estou triste
Se ela chega as coisas melhoram
Quando tropecei
Ela me levantou
Fiquei tão constrangido
Não por ela estar ali,
Mas por minha posição vergonhosa
Perante a ela

Sua voz me lembra algo distante
Seu toque suave para me ajuda
Tudo nela me lembra de algo
Coisas que não quero esquecer,
Assim como não quero esquecê-la

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Eternamente escravos

Pobre existência desses seres
Obrigado a ceder aos luxos
Dessas desprezíveis pessoas
Pessoas essas que se acham superiores

Ahhh
Que triste vida essa
De alguns tudo lhes é privado
Nascem para morrer
Nascem pra entreter

Cruéis
Isso que são eles
Os que se aproveitam da fraqueza alheia
Fazem que desses seres doa o couro
Para que mais dele você tenha

Suas vidas são esgotadas
Para que você,
Sim, você
Possa ter uma bela bolsa
Uma linda jaqueta
A sua comida
Ah, sim
Eles são a base que sustenta tudo
Nascem para morrer
Nascem para trabalhar
E com a força de suas patas
Movimentam-nos
Em nossa política especista e suicída

Pobres seres são esses animais!

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Desenho da Mari

E essa musiquinha foi feita em homenagem ao meu filhinho Bob Quiabo:

2x
Quando a mari te desenhou
Ela tava sem caneta
Quando a Mari te desenhou
Ela tava sem caneta
Andando no carro
Andando no carro da Silvana
Andando no carro
Andando no carro da Silvana

Mariana na hora de fazer você
Ela deve ter viajado pra valer
Botou uma chupeta bem na sua boca
E a sua forma
Fez chamar minha atenção
Tirou o seu cabelo
Da espiga do milho
E o teu sorriso meigo
De algum canetão
E o resto deve ser
Beleza interior
Mas o que tem por dentro
Para mim é apenas vento...

Refrão: (2x)
Quando a Mari te desenhou
Ela tava sem caneta
Quando a Mari te desenhou
Ela tava sem caneta
Andando no carro
Andando no carro da Silvana
Andando no carro
Andando no carro da Silvana...

Mariana na hora de fazer você
Ela deve ter viajado pra valer
Botou uma chupeta bem na sua boca
E a sua forma
Fez chamar minha atenção
Da estrela mais bonita
Ao brilho desse olhar
ovo verdadeiro
Sua presença fez quebrar
O resto deve ser
Beleza interior
Mas o que tem por dentro
Para mim é apenas vento...

Refrão: (2x)
Quando Mari te desenhou
Ele tava sem caneta
Quando Mari te desenhou
Ele tava sem caneta
Andando no carro
Andando no carro da Silvana
Andando no carro
Andando no carro da Silvana...

Andando no carro da Silvana...

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Sujeira da vida privada

Que estranho artefato
Que inusitada função
Que design arrojado
Que curioso interior

Ela está na vida de qualquer um
Faz parte de nossa vida privada
Com várias funções em um
Como seria sem ela o mundo
Podemos descobrir na época colonial
Onde debaixo das janelas tudo era imundo

Hoje dela somos escravos
Ela nos faz sentar
Sem protestar
Lá ficamos sentados
Na espera de sermos libertados

Ela é destemida
Só quer fazer seu trabalho
Enfrenta as fossas por nós
E nossas cagadas ela joga fora

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Arrependimento

Me arrependo do dia em que neguei tudo
Neguei não só pra você
Mas também neguei a mim
Tudo que havia dito um engano
Um triste infortúnio

Me arrependo agora
Vejo que o que senti era verdade
Mas o que fazer,
Se tinha chances
Será que ainda tenho

Me arrependo e isso não é fácil
Tenho tentado em minha vida não me arrepender
Não olhar pra trás
Mas você de alguma forma me forçou a isso
E agora me arrependo

Me arrependo
Isso foi culpa minha,
Totalmente minha
Uma confusão
Que agora me arrependo
Desculpa

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Quão triste é o Sol

Quão triste é o Sol
Chamam- o de astro rei
Mas de seus amores é servo
Tudo que pode entrega sem exitar

Quão triste é o Sol
Ver que tanto que doa
Nada recebe
Queria ele poder receber a luz de alguém

Quão triste é o Sol
Saber que quem se aproxima dele
Estará perdido
Mas seu único pedido
É alguém
Aquele alguém
Que o mantenha refém
E que possa doar
Tanto quanto ele

Quão triste é o Sol

Entre a vida e a morte

O que é a vida?
Qual é a fórmula dessa equação da morte,
Onde descobrir que seus parentes morrerão
é um dos primeiros aprendizados?

Como surge a vida?
Qual é o milagre nesse processo divino,
Onde cada pequeno ser tem sua beleza?

Como viver?
Qual é o jeito de se aproveitar a vida,
Onde todos são vítimas de seus artifícios maquiavélicos?

Quando se morre?
Qual é forma de se manter vivo quando a morte vem,
Onde a mesma faz o corpo perecer
E a esperança padecer

Pois a esperença é a última que morre

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

A gravidade e o caos

Por que a gravidade existe?

Por que senão o mundo seria um caos

Mas o que é o caos?

Para mim isso é o caos

Começo a pensar, seria mesmo eu um planeta?

Talvez não

Sou apenas mais um cometa

Tenho vagado por esse universo

Sem destino, assim minha vida é vaga

Quando penso sou puxado

Ao mesmo tempo sou empurrado

Pra mim isso é o caos

Ver que em minha vida sempre será assim

O que me resta é esperar sorte na morte

Pra mim isso é o caos

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Sensações inesquecíveis

Lembro-me agora
De quando era pequena
Minha mãe levava-me a Copacabana
Essa era minha alegria

Sentir a areia áspera nos pés
As ondas que tentavam derrubar-me
O odor da maré
e o vento que balançava meus cabelos

A simplicidade e o prazer
Andavam juntas naquelas tardes
Ainda hoje sinto o prazer daqueles passeios

Memórias há tanto passadas
Hoje ainda tão presentes
Tantas alegrias gozadas
Que apagam tristezas aparentes

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Palavras

Palavras
Todos precisam das
Palavras

Diplomatas fazem acordos
Escritores fazem seus livros
Compositores fazem suas músicas
E eu tento escrever para você

As palavras não se arrumam em uma poesia
Eu as escrevo
As posiciono
E humildemente lhe entrego

Gostaria de falar o que sinto
As palavras não deixam
Creio que por mais que procure
Ainda não há palavras para expressar o que sinto

...

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