quarta-feira, 22 de abril de 2009

A morte da morte

E aos olhos da morte
Tudo é bonito
E aos olhos da morte
O tempo pára andando rápido

E os olhos da morte
São os mesmos das crianças
E os olhos da morte
Vêem a beleza melancólica

E na face da morte
Há uma alegria triste
E na face da morte
O nada está estampado

O que deseja a morte
É ser a si, por um momento
O que deseja a morte
É não desejar mais nada

O que pertence à morte
É o tempo da sua chegada
O que pertence à morte
É nada, pois tudo sempre lhe escapa

O que sente a morte
Uma dor dormente
O que sente a morte
Um amor platônico
À morte a vida

O que teme a morte
Encontrar em sua busca
O que procura
A si mesmo

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