quinta-feira, 1 de abril de 2010

Bella

novamente rompia o útero
novamente nascia
Voava

Olhava a sua frente
verde

Seus cabelos
Vermelhas ondas pelo caminho
Que nunca realmente existiram

Borboleta
Aquela borboleta negra lá estava novamente
a mesma que tentara alcançar na manhã
Agora, dela

Agora tudo que estava abaixo dela
lhe pertencia
Voou como quem desbrava suas terras,
Suas posses
Na curiosidade de saber mais,
Desceu

Só possuia então

Grama
Terra
Minhocas
Sangue


Homenagem a Isabella Nardoni!

2 comentários:

Gabriela Luz disse...

e a infância se esvaiu por janela abaixo...

Muito bom esse, na minha opinião, um dos seus melhores. Parabéns, você só tem melhorado :)

Akauã disse...

Brigadinho!

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