segunda-feira, 4 de maio de 2009

Vergonha de ti

O que queres aqui
Por que estás a me espiar
O que procuras
Se estás a me procurar
Não vai encontrar
Se estás a me buscar
Você vai descobrir

Não confiem no que dizem
Não confie no que diz
Não confie no que digo
Sou eu seu subconsciente
Sou eu a voz do seu coração
Dizem que sou impulso
Mas só sou honesto
Sou a máscara original
A que está por de baixo de todas as outras
Sou eu a despida de vergonha
Sou eu a enxuta de pudor
Sou eu a máscara da qual sentirás falta
Quando teu tempo estiver no fim

Quando teu tempo estiver no fim
E quando nada mais lhe interessar
Quando tiver só arrependimentos enfim
É de mim que vai lembrar

Podia ter se despido
Quem sabe ter me exposto
E se tivesse arriscado
Se tivesse experimentado
Hoje seria mais feliz

Quando teu tempo estiver no fim
E quando nada mais lhe interessar
Quando tiver só arrependimentos enfim
É de mim que vai lembrar

A tua verdadeira máscara
A moldada pelo teu rosto
A que escondeste com vergonha dos outros
Mas só eu posso ter vergonha de ti!

Te foda

Te foda,
Se pensas que tua vida vale mais que a minha;
Te foda,
Se teu eguinho se infla quando o meu murcha;
Te foda,
Se não sabes a principal diferença entre nós;
Te foda,
Se assim você se diverte;
Te foda,
Se assim eu ficar livre...

domingo, 3 de maio de 2009

Minha Liberdade

Me apresso a escrever
Essa é minha necessidade
Rápido, rápido
O tempo é curto

Se apresse
Está acabando
Preciso escrever
Preciso da independência
Preciso da chave

Corra
Deslizar os dedos pelo teclado
Asdfghjklç~]
Ou até mesmo com o lápis
Deixar fluir tudo que sinto
Tudo que preciso
Tudo que peço
Minha liberdade

quarta-feira, 22 de abril de 2009

O que queria

Acordei, meu sono se foi
Quero dormir mais
Digo ao meu corpo volte a dormir
Mas a resposta mais forte é que te amo

Comi, tenho que estudar
Quero ficar sem nada
Digo a minha mente estude
Mas só estudo suas ações, gestos e reações

Cansei, tenho que comer
Comer eu realmente quero
Digo que vou comer
Mas só queria mesmo é alimentar –me de teus beijos

O dia passou
Tenho que me recolher
Só me agrada se for ao teu abraço

Dormir, não quero
Quero te ter de novo
Só preciso me dar conta enfim
Que o tempo quando se dorme passa rápido
E que um sentimento cálido como o que sinto
Trará bons sonhos, sonhos de nós dois

A cobra

A cobra é petulante
A cobra é confiante
E a cobra se acha soturna
E a cobra se acha matura

A cobra não tem asas
Mas acha que pode voar
A cobra tem simples pernas
Mas acha que pode subir à copa das árvores

A cobra é traiçoeira
A cobra é traidora
A cobra é trágica
A cobra é tratante

E não posso mais
Livrar- me desta cobra,
Já não é possível
Mas nunca foi dito que não poderia intimidá-la
É chegada a hora da diversão

Ser, ou não ser

Não sou o que sou!
Quem é o que é?
Por que todos não vão se fuder?
Eu só quero é viver!

Por que não posso ser?
Por que não posso dizer?
Por que não posso fazer?
Por que não posso viver?
Por que não tomam no cu?
Por que fingir, eu posso?

Quando aprenderemos a libertá-los
Quando pararemos de ser o que querem?
Preciso de chocolate
Algo que me desestresse

Eu gosto do mundo
Eu gosto de tudo
Gosto do céu e da terra
Gosto do fogo e da água
Gosto de gatos e cães
Gosto de rosas e de cravos
E que Deus me perdoe
Eu quero o inferno!

A morte da morte

E aos olhos da morte
Tudo é bonito
E aos olhos da morte
O tempo pára andando rápido

E os olhos da morte
São os mesmos das crianças
E os olhos da morte
Vêem a beleza melancólica

E na face da morte
Há uma alegria triste
E na face da morte
O nada está estampado

O que deseja a morte
É ser a si, por um momento
O que deseja a morte
É não desejar mais nada

O que pertence à morte
É o tempo da sua chegada
O que pertence à morte
É nada, pois tudo sempre lhe escapa

O que sente a morte
Uma dor dormente
O que sente a morte
Um amor platônico
À morte a vida

O que teme a morte
Encontrar em sua busca
O que procura
A si mesmo

De ti, para ti

Em seus trajes sensuais
Desperta os desejos
Aos mais desavisados
Corrompe a mente

Tome cuidado jovem fanfarrão
Não te entregues à luxúria
Se o poder te leva para cama
Tua vida será a suja orgia

Ah pequeno jovem...
Vá firme de ideais
Nunca olhe pra trás
O futuro parado está
O presente é passageiro
O passado já passou

Ah, meu pequeno homem...
Do que falas não duvido,
Sua inocência infantil
Seus ideais altivos

Nunca criança!
Abandones-te no caminho
Jamais ficará sozinho
Se o tiver com carinho

O poder a muitos matou
A muitos corrompeu
Contigo será diferente
Se te lembras que não te esqueceu

terça-feira, 21 de abril de 2009

Que nome dar?

Ah, se soubesse o que não sei
Se fizesse o que eu não faço
Se eu morresse por viver
Seria eu, eu mesmo?

Ah, se eu só soubesse o que sei
Se fizesse só o que faço
Se eu morresse por morrer
Seria eu humano?

Ah, mas se eu tentar
E se eu me esforçar
Se tudo aproveitar
Algo poderia me matar?

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Paradoxos do tempo

E o mundo lá fora
Nada lá pára
Ao contrário desta fria sala
Vejo homens a trabalhar
Pessoas que sofrem
Para ter apenas as necessidades primárias

E no papel em minha mesa
Escrita, está a bravura
A bravura dos corajosos puritanos
Ah, toda essa coragem que tenho
Só me falta oportunidade

E o mundo aqui fora
Nada aqui pára
Ao contrário deste caderno vermelho
Vejo pessoas com dever terminado
Pessoas que vivem
Para um dia poder morrer

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Tributo ao Clô

Todo teu brilho
Toda tua garra
Toda tua água
Todo teu glíter

Nada teu foi em vão
Nos trouxeste luz
Oh, teu belo par de pernas!
Oh, querido Clô
Te esquecer jamais

Clô, por ti fica a admiração
Clô, tua alma se foi
Clô, conosco fica sua água
Clô, teu corpo é glíter

De ti em nós,
Ainda há a lembrança
Clô queremos que saiba
Gostamos de ti, sim
E é por que te vestias bem...

Para viver ou morrer

Eu sou eu
Minha estranheza singular,
Disfarce de quem sofreu,
Mas que tenta mudar
O mundo que viveu

A vida é simples
Complicada é a morte

A morte é dos fetiches
Da pura imaginação
Você não pode tentar morrer
Apenas se matar

A vida é das expectativas
Projeto de pura esperança
Você sempre terá um recomeço
Pra viver é só querer

quinta-feira, 19 de março de 2009

Por mim

Juro a ti
Um dia lhe quis
Louco fui
Imaginava nós dois
Agora, não mais

Não vou sofrer por ti
Eu tenho alguém
Repreendo- me de ter sofrido por ti
De agora, em diante, terei minha dose de felicidade
Identifiquei o que procuro em outro alguém
Não quero mais sofrer
Havia muito a lhe falar
Agora, só resta o silêncio

Pensando em ti

Sentado nesta sala
Neste ambiente gélido
Na minha ilusória solidão
Só lembro-me de ti

Como queria agora
Tocar em tua pele morena
Sentir tua mão fria
Na minha quente

Olho para a janela
O que queria ver, lá não está
O que posso ver são urubus
Mas como?
Já me sentem?
Apodrecendo

E minha mente se dispersa
Junto com os urubus que lá vão indo

Urubus

Urubu E R
M e l e v a M R A H
Urubu A N A
M
Até que o fio se rompa
E minha alma se corrompa

Tua marca arde

Tua marca em minha pele
Sinto- te em mim arder
Esta marca que eu mesmo faço
Em minha devoção a ti
E esta nova marca
Essa, que estou a deixar
Só se aquietará na nossa hora
O momento em que acharmo- nos
Enquanto lhe busco, ardo
E nessa dor a ti dedicada
Consigo sentir o prazer
Do meu flagelo tão teu
Pois agora em mim queima
Queima o teu nome
Kumiko

Triste retrato

Este papel
Já não tão branco
Mas se estivesse completamente escrito
Por ti seria
Assim como povoas meu pensamento
Já lhe tenho como minha
A nós como nosso
Mesmo que assim não seja
Apesar de verdadeiramente ser

Ah! Por que me faz isso?
Nunca fui paciente
Eu quero ser Ah! Não me confundas

Neste papel rabiscado
Agora vejo teu retrato
Triste retrato
Não me vejo nele
Mas eu queria...

Por ti

Juro a ti
Um dia lhe quis
Louco fui
Imaginava nós dois
Agora, não mais

Não vou sofrer por ti
Eu tenho alguém
Repreendo- me de ter sofrido por ti
De agora, em diante, terei minha dose de felicidade
Identifiquei o que procuro em outro alguém
Não quero mais sofrer
Havia muito a lhe falar
Agora, só resta o silêncio

Tentativa em vão

Como surge o amor
Esse sentimento louco
Este rumorejo rouco
Que nos faz perder o pudor

Como se acaba um amor
Isso quero descobrir
E agora já posso rir
Pois o meu por ti já acabou

Voltei à minha busca
Minha triste peregrinação
Pela luz que me ofusca

Eu quero você, Kumiko
Não adianta imitação
Te quero comigo

segunda-feira, 16 de março de 2009

Poeminha em branco

Se eu te der um oi
Me dê o se sorriso
Se sentar- me contigo
Me dê sua companhia
Se eu ficar sem graça
Dê-me seu olhar de arco- íris
Seus olhos me são cálidos

Se eu abaixar a cabeça
Dê-me carinho
Se eu tomar coragem
Coitado de mim
Se disser que te amo
Dê- me seu amor, por favor.

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