terça-feira, 27 de abril de 2010

Bocas amigas

A boca que beija
É a que condena
A boca que delata
Ahhh! Como dilata!

Boca, boca, bocas
Quem tem boca vaia Roma
Quem tem boca
Esmaga, maltrata dilacera

Augusto previu, viu
"O beijo amigo
É a véspera do escarro"

Bocas de prazer, lazer
Bocas de ódios, escárnio
Bocas de tristeza e felicidade
Bocas
Ferramentas do mal
Sem o 666

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Discurso en curso

Poesia
A fala de vagabundos
Descompremetamo- nos destas regras
Regras de idiotas

Poesia
Morra
Diziam pobres idiotas/hipócritas/déspotas/fogoiós

Que tentem matar a poesia
A poesia morta é mais poética
A prosa morta sem poesia, mórbida

Poesias
Acariciam em suaves pétalas de rosa
Sublimes, macias, sonho...
Espetam, afiados espinhos
Furam, rondéis envenenados

quem frequentar vai saber

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Realidade real

Estava caindo
Sendo puxado do desconhecidoPuxado por mãos de aromas...
Começava a ver as verdades
As verdades absolutas...

Abria os olhos aúm mundo
Enfim era eu, Enfim tinha provas
Provas de existências em suas inexistências
MinhaS TODAS

Tocar sem medo
Medo de ser enganado pelos sentidos
Estado de quem andaria milhas ou léguas
Sem cansaço, sem sono
Pena...
Pena que a voz oblíqua e distante
Que nos falava de solutos e solventes
Começava a soar mais alta em meus tímpanos
Minha boca abria- se na tentativa de sufocar
As mentiras que tentavam chegar
As pálpebras começavam a ficar leve
Por mais que as quisesse pesadas

Então fechei os olhos,
Ao meu mundo real
Voltei pras mentiras teorizadas
Peguei minha caneta...
Pra completar esse mundo...
Peguei minha caneta e escrevi mais algumas mentiras...
Essa poesia

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Sonho de todas as noites

Amor, por tanto tempo te procurei
Mas hoje te tenho aqui
Ao meu lado e para mim

Amor, me segure apertado
Pois assim, talvez possa sentir meu querer
Que por não caber em meu mundano corpo
Exala aos que quiserem

Amor, não nego esperei mais
Mas te ter é um prêmio incomensurável
Ver teu sorriso de longe
Imaginar se seria minha

Amor, tantas noites sonhei contigo
Por tantas, dormia apenas para ver-te sorrir só para mim

Amor, agora teus sorrisos são meus
Mas falta a magia de antes
A que só tinha em meu sonhos
A que agora terei eternamente

sábado, 10 de abril de 2010

A bailarina

Corpo corrompido
inocência esvaída
Cabelos desgrenhados
Alma,
Jogada

Seus seios não se sustentam
Quantos não os tocaram
Seu corpo, para ser usado
Suas roupas, para serem tiradas

O amor, não tinha

A bailarina na caixa
Presa
Sem culpa nem pena
Nunca liberta-se
Mostra-se apenas
Apenas ao que der- lhe a corda necessária

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Bella

novamente rompia o útero
novamente nascia
Voava

Olhava a sua frente
verde

Seus cabelos
Vermelhas ondas pelo caminho
Que nunca realmente existiram

Borboleta
Aquela borboleta negra lá estava novamente
a mesma que tentara alcançar na manhã
Agora, dela

Agora tudo que estava abaixo dela
lhe pertencia
Voou como quem desbrava suas terras,
Suas posses
Na curiosidade de saber mais,
Desceu

Só possuia então

Grama
Terra
Minhocas
Sangue


Homenagem a Isabella Nardoni!

quarta-feira, 24 de março de 2010

Homenagem ao dia da escola

Saía da aba da saia

Do mundo do escuro

Pra luz do dia



Pras saudades do aconchego

Pro carinho do amigo



Pro mundo das letras



Aprendemos as primeiras escritas

Os primeiros amores

Os palavrões:

Otorrinolaringologista

Também as palavras feias mesmo:

...



Escola é onde podemos

Ter uma paixão platônica, sem saber quem foi Platão

Estudar, mas ficar para recuperação

E pra rimar no café da manhã comer pão



Pensar que a vaca marrom daria chocalate,

Será que a transparente dá água?

Formar opinião,

Virar esquerdista

Mesmo não abrindo mão do capitalismo

A galera do fundo

A galera da frente

Os nerds os inocentes



Tem quem sai da escola

E tem quem volta,

Tem quem vai mais fica,

Presente no passado

Passeando no presente

Homenagem aos 100 anos do dia internacional da mulher

Aos filhos que escarram

Que humilham,

Matam



Cedestes vossos corpos

Vendestes vossas almas

Aos filhos, ingratos que te queimaram



Carregastes cruzes

Chorastes

Sofrestes

Por aqueles que depois cuspiram em seu legado



Sem vós sem ventre

Sem voz aparente

Silêncio

100 anos do dia internacional da mulher

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Caixa do Mágico

É sufocante
Terror
Me movo
Morro

São Infinitas
Lâminas de morte
Cercam
Secam
Observam

Uma entrelinha garganta
outra entre as pernas
Duas para os braços
Uma para a boca
E outra para a bunda

Talvez a próxima,
Me crave o cérebro

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

pq botar título?

Tu que és desalmado
Tudo que fazes é errado
Tu matas, maltratas
Tu que és a grande farsa

O que fazes afinal
Não temes um final ruim
Se é que tens final
E tu tens?

Não te entendo
Por que tinha que seres tão... assim?
Tão imortal
Tão chato
Tão tu
Tão especial
Te peço que morra

Pois cada vez que és ferido
Cresces, toma conta
Pois odeio amar
E te peço amor,
Morra!
Mas não se esqueça de renascer em mim

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Cheio de nada

Vazio
Vazia a noite passa
E o vazio de mim
Embriaga-se no vazio de nada

E vazias minhas mãos correm para o teclado
Que transcreve a vaziês de minhas paravras
Neste monitor que é cheio de vazias peças nadais
A lamparina enche um nada de luz
Que não é nada menos que nadas
Mas não mais nada que o vazio
Do vazio que carrego pelo vazio dessa noite
De significado vazio

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Altruísmo?

Alguém que está lendo esse texto, já viu algum ato “altruísta”, desculpa aí, mas quem você quer enganar atos “altruístas” não existem! Muitos vão querer me criticar(isso se alguém ler, tomara que leiam), mas tudo bem, é publicidade grátis. Um assunto da moda hoje, são os desabrigados no Haiti, e esse país precisa muito da caridade de cada um, mas será que alguma dessas doações foi altruísta?
O que queremos extrair da palavra altruísmo, no dicionário ela foi posta como amor ao próximo e filantropia, palavras verdadeira, creio eu, porém, ao botar altruísmo como antônimo de egoísmo, tenho que discordar da existência de tal coisa, por mais que esteja ajudando alguém, e não esteja pedindo nada em troca, reflita no que pensou e no que não pensou, pesquisem na raiz do ato, alguns não precisarão ir muito longe, pra saberem que foi por uma maior visibilidade e uma boa imagem, outros chegaram ao, alegrar-se com a alegria do outro, então quer dizer que se a alegria do outro te deixasse triste você não faria?  Quando faz algo por ficar alegre, você faz isso por um motivo pessoal.
Quando a boa ação é praticada pra alegrar o próximo e assim alegrar a si mesmo, esse ato que pode parecer altruísta é um ato de puro egoísmo, porém, dentro deste ato existe o amor ao próximo, que está incumbido na palavra altruísmo, e essa é a parte bonita, o egoísmo não é feio, mas o amor ao próximo é bonito, o que temos que aprender é que ser egoísta, é o que nos faz acordar a cada manhã, nos levantarmos, darmos os primeiros passos do dia ou qualquer outra coisa, a pessoa que não pensa em si sucumbirá, pois há de se lembrar que é bom se sacrificar pelos outros, mas nem sempre compensa.
Sem outras pessoas a vida fica difícil, porém pode viver sem uma, e em contrapartida, sem você mesmo, você não vive de jeito nenhum, esse é o ponto que cada um tem que lembrar pra levar sua vida, qual tipo de decisão você quer fazer, cabe somente a si mesmo.

Mudança de hábito


 Falemos de hábito, no dicionário diz que hábito é disposição adquirida pela repetição dos mesmos atos, costumes. Disso tiro hábito como algo passado pela sociedade, por ser habitual, o que torna tal coisa, mais palpável e crível. Queria refletir agora sobre quantas coisas não adquirimos como hábito, e prejulgamos qualquer outra coisa que talvez possa desafiar isso.

A idéia de Deus que nos é exposta é a de um ser criador, dotado de sabedoria infinita, além de poder pra fazer tudo e qualquer coisa. Deus é onipotente, onisciente e onipresente, e nunca foram dadas provas de sua existência, porém vemos lendas por aí, citando meu exemplo favorito, vampiros. Os vampiros são fortes, imortais, bebem sangue são rápidos, etc. Quem ganharia numa luta Deus x Vampiros? Com certeza Deus, sem nenhum esforço, mas por qual motivo é tão mais fácil de acreditar em Deus, um ser muito mais incrível do que um “reles” vampiro.

A resposta é simples, apesar das lendas de vampiros serem bem antigas, quase tanto quanto a de um Deus único, o qual o cristianismo idolatra, a igreja cresceu, se espalhou, depois humilhou e matou cada um que discordasse de suas verdades, com o tempo muitos adotaram essa doutrina e seus dogmas, apesar de não haverem mais punições físicas, muitos permanecem presos aos hábitos passados pela família, e então um Deus todo poderoso, tem mais credibilidade, que um ser super forte, porém com defeitos e fraquezas.

O hábito se estabelece e cria raízes, para nos libertarmos, temos não que nos tornar céticos, muito menos acreditar em tudo, porém temos que acreditar no que achamos bom, no que queremos para nós, no que achamos que é verdade, não por um costume, não por temência, mas por uma fé verdadeira.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O que me falta

Me falta amor
Me falta dor
Me falta poesia
As palavras já não são mais tão fáceis

Meus versos estão a caducar antes de nascerem
Nem daquelas poesias
As melhores, as que nunca escrevemos
As que ficam aos delírios das noite
Nem em minha mente tenho vais aquela vida

Me falta tristeza
Me falta...

Mais um poema sem título

Já se vão os urubus Pois da carne morta, jogada
Não resta mais nada
Uma parte esquecida a outra degradada
Já se vão os urubus
Com a mensagem de fim para aqueles corpos
Que um dia foram restos de mim
Agora já nem me são mais

Já se vão os urubus
Por falta de matéria morta
Pois o que era meu
já ficou pra trás
Já se vão os urubus
E com eles parte de minha vida
E minhas mortes

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Mas...

De tudo que senti
O mais belo foi a ti
E nem meu melhor sentimento
Poderia se comparar a ti diante de meus olhos

E o toque de tua pele
O exalar de teu perfume
A visão de teu sorriso
O som da tua voz
Até o gosto de tua carne
Em minha mente e meu coração
Só era meu, o que a ti pertencia
E como queria eu, pertencer a ti

Depois de ti nunca mais
Nunca o mesmo, sempre outro
Até que outra...
A que completou- me
Mas perto de ti sou teu

Outra veio
Deixou- me mais vazio
O vazio que outra veio e completou
Mas reforma pública não conserta uma estrada
E nem a deixa mais trafegável

Depois de ti outras vieram
E disso não me arrependo
E as dei um pouco de mim
Um pouco de ti, não vejo clara diferença

Cada um de meus amores
Nem sempre amores
Concedo a ti
Pois cada um
Foi dizer- te não te amo

Mas do que adianta
Tua pele adormece meu corpo
Teu perfume me desacorda
Tua visão me cega
tua voz me emudece

E se hoje amo
É a ti
Se ontem amei
Foi por não te ter
E se outra vou amar
Será por não ter te tido
Sem ti sou eu
Contigo sou teu
Sem ti sonho com o mundo
Contigo nada mais preciso
Pois perto de ti sou teu

Post especial para Gabi Luz, não que seja ela de quem eu falo na poesia ( apesar de que ela está incluída), é só que ela é chata mesmo.

Canção do exilado

Não tenho terra
Não quero algemas
Vôo livre
Mais rápido que as aves

O meu céu tem mais constelações
Minhas várzeas, entupidas de flores
Nos meus bosques, até a morte é bonita
Na minha poesia meus amores

Quando estou sozinho, dia ou noite
Começo eu a divagar
Não tenho terra
Não quero algemas

Minhas poesias me prendem me divertem
Mas aí só vejo merda
Quando estou sozinho, dia ou noite
Começo eu a divagar

Não tenho terra
Não quero algemas
Não permita ABL que eu morra
Sem imortal virar
Sem que desfrute do chá da quinta
E mude o mundo de lá
Pois no meu mundo vivo eu,
Mas quero melhorar o de lá

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Sorte

Todos já devem ter se sentido com sorte em algum momento, mas será que isso existe mesmo, ou será que sempre percebemos essa tal “sorte”, me veio a idéia desse capítulo hoje no café da manhã, quando fui tomar café da manhã, na hora de pegar a xícara, consegui pegar a última, a primeira coisa que me veio à cabeça foi: Que sorte a minha! Mas também instantaneamente, percebi, que se tivesse mais xícaras ali não pensaria de tal foram, ou seja, tantas situações nas quais deveria me considerar sortudo, mas as desperdicei, por não parecerem, de sorte pelo simples fato de ser algo comum, assim como o azar, pois reflitamos, em qual situação se sentiriam mais azarados, quando por acaso, na hora que você chegasse acabassem as xícaras, ou se chegasse sem xícaras e tivesse que esperar, pode ser que pensem diferente, mas respondo por vocês, primeira opção, acho que é por que mesmo sabendo que aconteceu, tem vezes que a gente prefere não saber das coisas.
Vontades de um autor
Sinceramente, apesar de alguns não terem percebido, creio eu, já comecei a me abrir, estou me sentindo bem com vocês, creio até que podemos estreitar um pouco mais nossa relação, começo a achar que estou a criar sentimento por vocês e que só o dinheiro de você para mim não será o bastante, mas ajuda, muito, então se estiver lendo isso na internet, deixa de ser infeliz, compra esse livro para que eu possa sentir um pouco de cada um, por favor paguem em notas de 20, acho aquela barrinha que elas tem super simpática, espero que o pessoal da editora leia isso e queira me pagar só em notas de R$ 20 também, me sentiria muito querido se isso acontecesse, mas se possível pagamento em notas de R$ 100 seria ideal.
Como começamos a falar de sentimentos e estreitamento de relações posso voltar a pedir que se quiserem dar presentes, dêem esse livro, pois se dinheiro não traz felicidade, compre este livro e me dê o seu, mas entrando em um assunto não capitalista...
Começo a achar que terão uma impressão capitalista da minha pessoa não a desmente por completo, mas não ambiciono grandes riquezas, só o suficiente para alguns luxos.
Por que toda vez que tento retornar ao assunto me vem dinheiro a cabeça de novo?
Ok, agora serei direto para não pensar em dinheiro de novo, ih... pensei, mas esse livro me deu vontade de botar uma auto biografia, assim entenderam, não só o meu ser, mas também, por que sou esse ser, tipo Akauã, uma história; De Akauã a Kenichi; A saga mágica de Akauã. OOPS, acho que esse último tem que ficar para outro livro, as mesmas regras que valiam até agora continuam a valer.






Quem já lê meu blog há um tempo, deve saber que sempre furo e passo uns tempos sem postar. mas aí está meu retorno.Esse é um pedaço de um projeto de livro que eu tenho, o "Livro de ideias".

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

O Mar

Cada um com sua vida e preocupações, isolados em pensamentos, dentro e fora daquele ônibus em que estava eu, cada um com seus passos. Segundos, Terceiros, e por aí se vão as realidades das cabeças dos indivíduos, tão pobres e individuais cabeças.Lá fora outras realidades, cada um com a sua, tirando a mente de seu sono.
Sem procurar muito encontrei o que me era necessário. Enquanto o movimento era incessante e o barulho infernal (Imaginava eu dentro do ônibus), como se perseguido, caminhava em ritmo acelerado, porém sem correr, homem tão amedrontado, com sua bolsa presa em seus braços, como se fosse a prole mais recente de uma mãe protetora, olhava para os lados, devia procurar movimentos estranhos, algo ameaçador, talvez para correr antes que fosse demasiado tarde. Ainda na loucura, não muito distante do primeiro moço que vos narrei, vinha lenta e indefesa, velhinha fraca, de feições sofridas, cuja única defesa talvez fosse aquela bengala que usava para se sustentar, mas no momento de desespero só poderia se ater a um terço que talvez carregasse em sua bolsinha... E rezar, rezar para esse Deus, seja quem for.
É difícil saber o que pode ter acontecido a qualquer um, só se pode imaginar, imaginar tantas coisas. Talvez até apareça o rosto daquele homem em uma manchete de jornal, um retrato falado de um criminoso fugitivo e perigoso, ou quem sabe não apareça a velha morta, jogada ao chão, seu rosto sofrido, agora frio, a bengala que a sustentava, caída ao chão. Pode ser, mas de qualquer forma não saberei, aos meus olhos foram outros em um mar de pessoas, cujos rostos nem sonho em ver novamente.

Acessos