quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Mas...

De tudo que senti
O mais belo foi a ti
E nem meu melhor sentimento
Poderia se comparar a ti diante de meus olhos

E o toque de tua pele
O exalar de teu perfume
A visão de teu sorriso
O som da tua voz
Até o gosto de tua carne
Em minha mente e meu coração
Só era meu, o que a ti pertencia
E como queria eu, pertencer a ti

Depois de ti nunca mais
Nunca o mesmo, sempre outro
Até que outra...
A que completou- me
Mas perto de ti sou teu

Outra veio
Deixou- me mais vazio
O vazio que outra veio e completou
Mas reforma pública não conserta uma estrada
E nem a deixa mais trafegável

Depois de ti outras vieram
E disso não me arrependo
E as dei um pouco de mim
Um pouco de ti, não vejo clara diferença

Cada um de meus amores
Nem sempre amores
Concedo a ti
Pois cada um
Foi dizer- te não te amo

Mas do que adianta
Tua pele adormece meu corpo
Teu perfume me desacorda
Tua visão me cega
tua voz me emudece

E se hoje amo
É a ti
Se ontem amei
Foi por não te ter
E se outra vou amar
Será por não ter te tido
Sem ti sou eu
Contigo sou teu
Sem ti sonho com o mundo
Contigo nada mais preciso
Pois perto de ti sou teu

Post especial para Gabi Luz, não que seja ela de quem eu falo na poesia ( apesar de que ela está incluída), é só que ela é chata mesmo.

Canção do exilado

Não tenho terra
Não quero algemas
Vôo livre
Mais rápido que as aves

O meu céu tem mais constelações
Minhas várzeas, entupidas de flores
Nos meus bosques, até a morte é bonita
Na minha poesia meus amores

Quando estou sozinho, dia ou noite
Começo eu a divagar
Não tenho terra
Não quero algemas

Minhas poesias me prendem me divertem
Mas aí só vejo merda
Quando estou sozinho, dia ou noite
Começo eu a divagar

Não tenho terra
Não quero algemas
Não permita ABL que eu morra
Sem imortal virar
Sem que desfrute do chá da quinta
E mude o mundo de lá
Pois no meu mundo vivo eu,
Mas quero melhorar o de lá

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Sorte

Todos já devem ter se sentido com sorte em algum momento, mas será que isso existe mesmo, ou será que sempre percebemos essa tal “sorte”, me veio a idéia desse capítulo hoje no café da manhã, quando fui tomar café da manhã, na hora de pegar a xícara, consegui pegar a última, a primeira coisa que me veio à cabeça foi: Que sorte a minha! Mas também instantaneamente, percebi, que se tivesse mais xícaras ali não pensaria de tal foram, ou seja, tantas situações nas quais deveria me considerar sortudo, mas as desperdicei, por não parecerem, de sorte pelo simples fato de ser algo comum, assim como o azar, pois reflitamos, em qual situação se sentiriam mais azarados, quando por acaso, na hora que você chegasse acabassem as xícaras, ou se chegasse sem xícaras e tivesse que esperar, pode ser que pensem diferente, mas respondo por vocês, primeira opção, acho que é por que mesmo sabendo que aconteceu, tem vezes que a gente prefere não saber das coisas.
Vontades de um autor
Sinceramente, apesar de alguns não terem percebido, creio eu, já comecei a me abrir, estou me sentindo bem com vocês, creio até que podemos estreitar um pouco mais nossa relação, começo a achar que estou a criar sentimento por vocês e que só o dinheiro de você para mim não será o bastante, mas ajuda, muito, então se estiver lendo isso na internet, deixa de ser infeliz, compra esse livro para que eu possa sentir um pouco de cada um, por favor paguem em notas de 20, acho aquela barrinha que elas tem super simpática, espero que o pessoal da editora leia isso e queira me pagar só em notas de R$ 20 também, me sentiria muito querido se isso acontecesse, mas se possível pagamento em notas de R$ 100 seria ideal.
Como começamos a falar de sentimentos e estreitamento de relações posso voltar a pedir que se quiserem dar presentes, dêem esse livro, pois se dinheiro não traz felicidade, compre este livro e me dê o seu, mas entrando em um assunto não capitalista...
Começo a achar que terão uma impressão capitalista da minha pessoa não a desmente por completo, mas não ambiciono grandes riquezas, só o suficiente para alguns luxos.
Por que toda vez que tento retornar ao assunto me vem dinheiro a cabeça de novo?
Ok, agora serei direto para não pensar em dinheiro de novo, ih... pensei, mas esse livro me deu vontade de botar uma auto biografia, assim entenderam, não só o meu ser, mas também, por que sou esse ser, tipo Akauã, uma história; De Akauã a Kenichi; A saga mágica de Akauã. OOPS, acho que esse último tem que ficar para outro livro, as mesmas regras que valiam até agora continuam a valer.






Quem já lê meu blog há um tempo, deve saber que sempre furo e passo uns tempos sem postar. mas aí está meu retorno.Esse é um pedaço de um projeto de livro que eu tenho, o "Livro de ideias".

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

O Mar

Cada um com sua vida e preocupações, isolados em pensamentos, dentro e fora daquele ônibus em que estava eu, cada um com seus passos. Segundos, Terceiros, e por aí se vão as realidades das cabeças dos indivíduos, tão pobres e individuais cabeças.Lá fora outras realidades, cada um com a sua, tirando a mente de seu sono.
Sem procurar muito encontrei o que me era necessário. Enquanto o movimento era incessante e o barulho infernal (Imaginava eu dentro do ônibus), como se perseguido, caminhava em ritmo acelerado, porém sem correr, homem tão amedrontado, com sua bolsa presa em seus braços, como se fosse a prole mais recente de uma mãe protetora, olhava para os lados, devia procurar movimentos estranhos, algo ameaçador, talvez para correr antes que fosse demasiado tarde. Ainda na loucura, não muito distante do primeiro moço que vos narrei, vinha lenta e indefesa, velhinha fraca, de feições sofridas, cuja única defesa talvez fosse aquela bengala que usava para se sustentar, mas no momento de desespero só poderia se ater a um terço que talvez carregasse em sua bolsinha... E rezar, rezar para esse Deus, seja quem for.
É difícil saber o que pode ter acontecido a qualquer um, só se pode imaginar, imaginar tantas coisas. Talvez até apareça o rosto daquele homem em uma manchete de jornal, um retrato falado de um criminoso fugitivo e perigoso, ou quem sabe não apareça a velha morta, jogada ao chão, seu rosto sofrido, agora frio, a bengala que a sustentava, caída ao chão. Pode ser, mas de qualquer forma não saberei, aos meus olhos foram outros em um mar de pessoas, cujos rostos nem sonho em ver novamente.

domingo, 15 de novembro de 2009

Memórias Póstumas de Kenichi - Capítulo 1

Talvez pelo título da história muitos tenham acusado este livro de plágio, ou talvez encarado a capa e desanimado, por pensar em uma obra do romantismo. Não vou desmentir que o título foi inspirado, mas fazer o que se o que vou fazer aqui é exatamente contar memórias póstumas. Estou morto, não como qualquer um, mas... Estou morto, pelo menos é o que dizem certas ficções de TV e de livro, apesar de me mexer, meu coração não bate, minha pele não esquenta e talvez nem tenha sentimentos, mas não faz muito temo que me tornei vampiro.
Não lembro- me bem de muitos nomes, Nem de muitos sentimentos, talvez isso seja uma proteção para jovens vampiros. Também não me lembro do por que me transformar em vampiro, apenas acordei numa noite, e lá estava eu, Meu corpo que vinha sofrendo mudanças lentas, se via, pálido, mais definido, frio, sem calor próprio, mas também estático sem o menor resquício de vida.
Foi um dia, na verdade uma noite estranha, mas ainda não é hora dela.
Espero lembrar- me da vida até que este pedaço da minha esteja no papel
Acordei
Eram 6 da manhã e o Sol relutava a aparecer. Meu quarto tinha duas janela e duas portas, por uma janela podia ver o crepúsculo e pela outra o amanhecer. Meu quarto tinha uma porta que dava acesso às escadas e outra à varanda. A varanda, dessa tenho muitas lembranças. Não fui um jovem popular, não era descolado, muito menos, bonito, mas não tinha necessidade, bonito era o que podia ver da varanda, todos os dias ás 6:30 comparecia sem falta para ver a filha da vizinha, da janela era possível vê- la se trocando, ela tinha seios que pareciam tão durinhos e macios, eu a desejava, não por amá- la, mas pelo seu corpo perfeito que queria ter ao meu lado. Pela janela dela eu conseguia ver um quarto comportado e pensava na revolta dela quando descobrisse que nessas férias eu passava as manhãs vendo ela se trocar. Ah! Esqueci de escrever que esse era o dia de volta ás aulas e a vizinha havia se mudado há pouco, ainda nessas férias, mas veio a estudar no meu colégio, por indicação de minha mãe.
Mas naquela manhã as coisas não iam dar tão certo, talvez por tanto imaginar uma coisa acontecendo, aconteceu de acontecer tal acontecimento naquela manhã, o acontecido foi que, da janela de seu quarto ela me a bisbilhotá- la. Abriu a boca prestes a irromper um grito, mas não o fez, acho que não quis que ninguém soubesse que a vi e isso seria confirmado mais tarde quando estivéssemos indo juntos para o colégio e ela me ameaçasse, mas até aí eu nem lembrava que iríamos juntos ao colégio, pois quando fui alertado disso estava no computador, para ser mais exatos nas 6 ou 7 vezes que minha mãe me falou isso. Apesar de não gritar fechou- me a cara assim como a cortina, que há um tempo pensei que não tivesse.
Estava no banho quando comecei a notar que todas as minhas articulações doíam, não doía demasiado, mas eram dores incômodas. Quando terminei de tomar meu banho, vesti- me. Saia jeans... oops, história errada... Calça jeans, tênis e camiseta, meu colégio não era um dos mais exigentes no quesito uniforme e isso realmente me agradava. Descendo as escadas me lembrei então que levaria a garota para o colégio que não ficava muito longe, mas longe o suficiente para uma ocasião constrangedora vir à tona. Não sei se tive medo, há muito não sinto para vos dizer algo sobre isso.
Corto da história o café da manhã, que de refeição mais importante do dia não tem nada. Esperava ela à porta de sua casa, agora me lembro, seu nome era Brenda, saia de sua casa tão lindamente, seus cabelos balançava mesmo sem vento, sua roupa passava um ar de menina imaculada, mas seu corpo pelo contrário gritava, ou melhor sussurrava aos ouvidos alheios que queria ser possuída, não por suas expressões, mas sim pelas suas feições. Ao chegar perto de mim continuou caminhando, na direção que pegaríamos para escola e eu me apressei para ficar ao seu lado.
Estávamos há cinco minutos da escola, metade do caminho, ela resolveu começar um conversação:
− Gostou?
− Do que? – Realmente não me toquei na hora do que ela tentava dizer
−Gostou? – Não achou necessário explicar, pois creio que viu minha expressão de espanto, quando percebi do que ela realmente falava
Respondi com um não incisivo e direto. Acho que foi para convencer a mim mesmo desta grande mentira que acabara de contar
Ela continuou andando lado a lado comigo, não pareceu se chatear nem nada, ficou indiferente, como seu eu não fosse nada para ela, mas vou dizer pra vocês, que não era bem assim, aprendam desde já que aquela era uma menina muito dissimulada. Da aula só me lembro dos meus olhares direcionados às pernas das meninas, mas sempre discreto o bastante para que ninguém perceba, porém amigos não me vêm à cabeça, não sei se não os tive ou se foi apenas mais uma coisa que meu cérebro vampiresco excluiu das memórias. Pensando bem acho que só me ficaram memórias de raiva e luxúria, com certeza não reclamo das de luxúria e verão o motivo depois, acho que a intenção é de animalizar- nos.
No retorno para casa já eram umas 4 horas, voltávamos nós dois, lado a lado, mas dessa vez ninguém rompeu o silêncio no caminho, quando já estávamos em casa cada um foi para a sua casa, ao chegar em casa não lembro muito do que aconteceu, mas nada de relevante, além daquela dor generalizada que atormentava cada osso de meu corpo, mesmo que fraco, porém as memórias me ficam mais claras com o passar desse história, creio que com mais umas páginas poderei então lembrar de detalhes que talvez não vos conte por serem detalhes que não são relevantes a história apesar de talvez terem feito minha vida como é, pois cada escolha é um caminho e cada atalho é outro diferente.
Na manhã seguinte, percebi de cara que seria uma manhã como a do dia anterior, e que a mesmice era aminha sina. Andamos os cinco minutos e ela puxou assunto, o que só me fez confirmar a teoria.
− Gostou?
− Eu já disse que não, por favor me perdoa, não faço mais aquilo – Aí sentia medo, sim, sim! Medo que ela me delatasse.
− Deixa de ser palerma moleque! Meia- noite, na frente da minha casa, senão estiver lá, eu te denuncio!
− Mas eu tenho que dormir para ir à escola e você também... − Não tenho a mínima idéia do motivo para que falasse isso, deveria ter aceitado de primeira, mas os mais espertos podem imaginar que argumento ela usou para me convencer a seguir.
−Talvez você queira que sua mãe saiba que você me olhava quando me trocava
Calei-me e passamos o resto do caminho calados, mas ela sabia que com o seu último “argumento” ela conseguiria o que queria. Então me restou imaginar como seria a noite, o que faríamos, não me atrevo a escrever aqui, por dois motivos, primeiro por faltarem palavras e segundo, pois temo que certas mães proíbam a leitura do mesmo,mas digo que nenhuma das coisas que imaginei, não estava relacionada com sexo. E vos afirmo, há dois dias nunca imaginei que essa garota seria uma ninfeta pervertida.
Após pensar nisso, lembro- me apenas das 11 horas, não sei como fiz para que minha mãe não viesse a perceber minha falta em casa e nada mais, lembro apenas de quando desci as escadas com um silêncio que só eu conseguia fazer, talvez fosse esse um traço precoce do meu lado vampiresco, além disso, já vos adianto que aquela noite contribuiu muito no que sou hoje, não que tenha sido mordido, ou não me tornaria sem aquela noite, nada a ver, mas aquela noite fez de mim um vampiro mais forte do que eu poderia me tornar sem ela.
Minha mãe dormia no andar de cima, fui até o quintal e sem perceber o que fazia estava pulando o muro, meus instintos me controlaram mais que a cabeça, menos mal, pois planejava usar uma cadeira e minha mãe poderia acabar vendo-a, o que não seria agradável, já que vejo muitas teorias que ela poderia formular e todas me dizem que ela iria ao meu quarto me ver. Encontrei- a ainda saindo da casa, em direção ao portão, corri, no mesmo silêncio com o qual andava, pensei tão rápido que só fiz. Tampei sua boca ao me aproximar e dizer que era eu, ela me deu um pisão no pé e um soco no saco, mas creio que entendeu que era eu, pois não gritou por socorro e apenas disse: “Eu te disse para me encontrar na frente da minha casa! Me segue!
E comecei a seguí- la e saíamos pelo portão da frente da casa enquanto meus instintos e luxúria iam se apurando. Mas agora vou descansar um pouco pra continuar a escrever depois.


Galera esse é o primeiro capítulo, vou postando os outros com o tempo.

sábado, 14 de novembro de 2009

Algum título

O tempo passou
E eu perdi
Um minuto mudou tudo
Fez toda a diferença
De 11: 11 a 11: 12
Já são 11: 14
Um momento é diferente do outro
O especial se torna triste em menos de sessenta segundos
em menos que isso conseguiria destruir minha vida
mas nos cinco minutos que passaram construí essa poesia
que termina às 11: 16

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O que fica e o que vai


Esta cidade que me deixas
Há muito se tornou pequena
Um dia me seguraste aqui
Mas digo que hoje não me vale à pena

Uso deste poema de resposta
Que bom que enfim estás livre
Daquela vida já póstuma

Bom ver- te a sorrir de novo
Não comigo, mas ao meu lado
Espero que com ele, sejas feliz
Como não consegui deixar- te

E na cidade que fica
Ficam os restos
Restos de dores
Dores que não devem ser lembradas
Mas não podem ser esquecidas.

Criaturas

Decidi hoje sair para jantar e ter alguma diversão, não tenho carro e muito menos uma carteira de motorista falsificada. Não sou muito de sair, até tenho uma “namorada”, mas ela só me dá comida, não gosto de me envolver muito com ela, não faz meu estilo. Andava pelas ruas quando encontrei o lugar perfeito, fui olhando os olhos das pessoas, seus olhos avermelhavam e todas saiam, parecia que estavam numa espécie de hipnose, apenas uma pessoa ficou.
Escondi-me atrás de um muro na esquina, só assim não seria visto por aquela criatura de mim tão diferente. Olhava para os lados, movimentos frenéticos, como se soubesse que eu estava ali. Ele procurava a mim com todos os sentidos dos quais dispunha, tão parecido comigo, mas tão mais primitivo. No meio da rua, esperava por meus movimentos, um simples deslize, para que pudesse me matar.
Aquele ser, ensandecido. Um turbilhão de coisas deviam se passar pela sua cabeça, que com a minha se parecia tanto, mas tão pouco. Não baixava sua guarda, realmente devia saber lutar.  Mas a tensão ficava, pelo ar e condições de cada lutador, pelo menos para mim, aquela luta estava clara... Seria rápida e de morte.
Não durou mais cinco segundos aquele silêncio, com apenas um golpe, uma só abertura de boca, sua vida já se esvaía, junto com seu sangue, tão delicioso em minha boca. Estava começando a perder a consciência aquele pobre. Seus últimos suspiros vinha na medida que seu sangue ia, e como ia bem, como era gostoso. Chego perto de sentir pena dele, seus últimos segundos foram de tanto terror que creio eu, no momento que toquei meus lábios em seu pescoço... só queria morrer rápido.


Conto que usei para o "Halloween Competition"
E por pressões externas, este post é dedicado à: Aluana, Luz e Nathy.
:D

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Viva Brasil

Brasil
Ser vivo inorgânico
Mas de vida forte
Economia pulsante
Coração vacilante
Pois até para bombear
Necessita-se algo mais

Brasília,
Coração e cérebro do Brasil
Controla pulsos, impulsos
Mas se perde em seu poder
Esquece-se do que prometeu

Brasil,
E se de sete em sete anos
Todo oi corpo humano muda

Brasil,
Terás que esperar oito

domingo, 8 de novembro de 2009

Passar

Teu passado te condena
Mas passado já passou
Agora quero passar minha vida contigo
Que passe as noites com outros
Mas pequenas paixões passam
Mas o amor não passará
Quando passo na rua
Passam a me olhar
Mas que passem
E que pensem
Meu amor não vai passar

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Primeira mulher

Das mulheres
Primeira é a mãe
Te dá o primeiro sustento em seu colo
O segundo não diferente
Mas não diferente de um alimento
Tem seu prazo
E sua vida
Seja morte ou caquetisse
Inconveniência ou chatice
Ou até algo que disse
No conotado ou denotado
Não se preocupe muito
A quem vive há muito não resta muito

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Seu papel

Estranho é ver
Tudo cair
E diante de teus olhos
Só restar um resto
O resto do que foi um sonho

Talvez três ou cinco anos para as coisas mudarem
Mas dois dos nossos três passaram
Cada um constrói sua história
Por que uns tem que destruir a dos outros?

Alguns aprenderam
Outros pararam
Uns desaprenderam
Os como eu, se desgataram

Talvez não sejamos, todos, os melhores
Nunca seremos nós todos
Porém cumpramos cada um o seu papel
Sejamos diferentes

sábado, 31 de outubro de 2009

Querendo

Se pudesse escolher
Melhor seria
Talvez amor
Talvez a ira

Me falta orgulho
Me sobra querer
Mas querer não é poder
Importante é vencer
Quero vê- lo morrer
Pois o que quero é você

Morreria
Mataria
Oh! Queria
Adoraria
Valorizaria
Mereceria
Ele não!
Você é minha
Como queria

Postagem nova pra Mariana( Vc existe mesmo?), uma da únicas pessoinhas que acessa esse blog.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

[ ]

O dia nasce triste
Falta uma coisa, falta alegria
Sinto que o dia vai sobrar
Mas algo continua a faltar

Queria ter
Nem sei o que
Mas ao menos uma vez queria
Queria saber
Queria ter
O que fazer

Saber
As pessoas se julgam saber
Se julgam espertas
Julgam a esperteza dos outros
Julgam ser
Julgam ter
Julgam, julgam, julgam

Julgar
Quem pode fazer isso?
Julgue este poema uma crítica
Julgue- o sem sentido
Julgue- o como quiser
Mas este fim não apaga da poesia
O amor da primeira estrofe

domingo, 25 de outubro de 2009

Meus erros

Já que falam tanto que sou errado e pedem tanto que reflita, cá estou eu, a refletir neste texto, não nego que já tenho todo formulado antes de escrever, mas sempre se pode mudar de opinião.
Talvez não tenha sido o melhor aluno, mas sempre educado, talvez não o mais respeitoso, porém o último a sair do salto, talvez não tenha sido o que a escola quis e quer, mas fui alguém, com personalidade e ideais, e é no próximo paragrafo que estão meus erros.
Primeiro, nascer (que seja descontraído), depois ouvir quando a minha mãe dizia que eu tinha que reclamar quando algo me incomodasse, absorver a idéia de liberdade de expressão, aprender meus direitos, já que nunca saio deles, meu erro acreditar em um colégio que se diz das diferenças, acreditar que um manual é vivo, que uma autoridade íntegra nunca prestaria falsa denúncia, que essa escola tem salvação, que talvez fofocas ao menos fossem conferidas na fonte, e que a mudança poderia partir de mim.
Meu erro, pensar que não teria que ouvir alguém dizer, que se há algo de errado com todos os outros, não sou eu o certo (quem sempre acreditou em aquecimento global, a água se esgotando?). Meu erro acreditar em consciência, acreditar na justiça, acreditar no amor.
O que mais podem tirar de mim, estou pronto pra morrer, não tive infância, não fui de amigos, não tive um pai, me tiraram sonhos, descriram de minhas crenças, minimizaram meu sentimentos, questionaram minhas intenções, me fizeram sem integridade, em espírito não me resta vida, uma distante esperança de que vai mudar.
Assumo então a culpa, por todas minhas mazelas, por todo o sofrimento que sentiram ao meu redor e por tudo que acharem que fiz de errado, pois se quem diz é superior, só me resta baixar esta maldita cabeça que erra só de pensar.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Carta de intenção

Carta de intenção

Poderia eu estar neste momento a fazer qualquer coisa divertida, útil ou os dois juntos, mas estou a escrever tal carta de intenção. Cansei- me de perguntar a intenção de uma carta de intenção e só vi uma lógica: tentar fazer com que certa lógica tenha lógica. Já de antemão aviso que mais insolente do que na fala o sou na escrita, afinal creio ser essa a minha área. Então, dou-me o direito de brincar com quem lê. Poderia até me esforçar para fazer um texto mais reto, mas não teria graça para mim e, creio eu, que até você se rirá ou sentirá algo parecido. Então te darei três versões desta carta: a que você quer, a que eu quero e a que eu “mostro” a você. Afinal, não são esses importantes pontos de vista ou de cegueira?
Primeiramente, o que você vê
Quero formar- me, para uma pequena satisfação própria, como professor e escritor. Isso me ajudará a atingir fama, dinheiro, mulheres, prestígio ao escritor, reconhecimento e adoração ao professor. São dois mundos nos quais quero me destacar para que tenha o que enfim almejo na vida. Mas, isto é pouco para mim, pois meu ego, ao começar a se inflar, necessita de mais e mais ar.
A política: essa me trará muito reconhecimento, fama. Eu, martelo da justiça, as asas da economia e a mão aos pobres. Sim, doce poder e fama. Só assim talvez me contente nessa existência triste e solitária que você criou para mim. Além do mais, na posição superior, posso manda que estejam todos a postos e dispostos, mandar e desmandar a meu bel-prazer. Acho que tudo bem para minhas – suas – impressões.

Segundo, o que você quer
Formarei-me em letras, pois meu objetivo é trabalhar com o material humano. Só trabalhando diretamente com pessoas minha satisfação poderá ser alcançada. Gosto de dar aulas, pois creio que é nos jovens que está o futuro e o presente da nação, e a educação da língua é o que os ajudará a enfrentar o caminho ao qual necessitam trilhar, para que seja esse um mundo melhor.
Além do mais pretendo entrar na política, gostaria de ajudar a população mais carente, pois creio que necessitam mais de educação do que de prisão e do jeito que está o ciclo sempre tenderá a se repetir. Será que é assim que gostaria que fosse? Se for, tem uma visão romântica das coisas.
Terceiro e por último (Acredite se quiser) O que quero ser
Pretendo formar- me em letras, pois sonho em ser escritor, mas gostaria de um domínio maior, não me agrada muito a idéia de ser professor, pois tenho problema com horários fixos, prefiro uma vida um pouco mais livre. Não abandono a escrita por ser algo que gosto, que creio poder tirar proveito e por achar que talvez consiga botar alguma coisa que preste na cabeça de alguns. Realmente não desejo uma vida luxuosa, claro não dispenso alguns luxos, mas não desejo tanto. Adoraria uma vida luxuriosa, mas gostaria de me casar logo aos 30, pois creio que já terei aproveitado o bastante. Nesse momento me aquietarei, quero ter no mínimo filho homem, mas caso tenha condições adotarei crianças com no mínimo 11 anos, pois são esses os que poucos adotam.
Na política, antes de qualquer coisa, investir no ensino fundamental público e logo após em cursos técnicos, pois deixemos o meio acadêmico aos acadêmicos, tem outras pessoas que se darão muito melhor em trabalhos menos “qualificados”, sou contra a visão de que sem a educação superior você não é nada, realmente contra, cada um tem sua preferência e sua especialidade, seu dom. Quero que meu governo se caracterize por um grande crescimento, mas um governo duro. Pretendo aplicar uma política um pouco disciplinar, não a base de violência, mas pretendo ao arrecadar popularidade, estender meu governo ao máximo, até 20 anos, quando isso acontecer, mudarei meu nome e desaparecerei com minha família, se tiver conseguido ajudar ficarei feliz, caso não, procurarei formas de criar uma dinastia, ou a eternidade, pois ainda tenho esperanças que este planeta, atolado de excrementos ainda tem um jeito, mas realmente, se houvesse uma maneira de fazê- lo sem estragar toda a fauna e flora, mataria todos nós humanos, para que só restasse de nós, memórias de nossos erros, para que a natureza se recuperasse, e a futura espécie dominante, com um cérebro desenvolvido, veja o que fizemos, e não cometa nossos estúpidos erros.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Ok pessoal!
Foi uma surpresa enorme, devem ter pecbido que passei muito tempo sem acessar o blog. Estava realmente desmotivado, por falta de acessos e comentários, mas hoje, entrei para pegar um texto que não tinha salvo no pc, então me deparei com uma quantidade imensa de acessos, realmente fiquei muito assustado.
Vou voltar á ativa, tenho muuuuuuitos textos novos, vou botando em parcelas aqui, não escreverei apenas poesia, mas também em prosa, espero que gostem, leiam e comentem.
Muito obrigado pelos acessos, quando editar em livro espero que não tenham se cansado de mim e releiam o que é repetido, aprovem o que é novo, e fiquem na expectativa por mais. Mais uma vez obrigado, não sabem o quanto estou emocionado com isso.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Soneto de Pedido

Te quero muito, te quero agora
Teu cheiro em mim impregnado
Na tua ausência eu conto cada hora
Amo-te, e por ti me sinto amado

Este soneto para ti entrego
E essa declaração para ti faço
Pois conquistaste meu amor, isso não nego
Mesmo parecendo apenas um palhaço

E no fim desta singela poesia
E que apenas a ti eu dedicarei
Meu amor te ofereço de cortesia

Saiba que por ti estou apaixonado
E que te peço apenas mais uma coisa
Que me tu me deixe ser teu namorado

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Vergonha de ti

O que queres aqui
Por que estás a me espiar
O que procuras
Se estás a me procurar
Não vai encontrar
Se estás a me buscar
Você vai descobrir

Não confiem no que dizem
Não confie no que diz
Não confie no que digo
Sou eu seu subconsciente
Sou eu a voz do seu coração
Dizem que sou impulso
Mas só sou honesto
Sou a máscara original
A que está por de baixo de todas as outras
Sou eu a despida de vergonha
Sou eu a enxuta de pudor
Sou eu a máscara da qual sentirás falta
Quando teu tempo estiver no fim

Quando teu tempo estiver no fim
E quando nada mais lhe interessar
Quando tiver só arrependimentos enfim
É de mim que vai lembrar

Podia ter se despido
Quem sabe ter me exposto
E se tivesse arriscado
Se tivesse experimentado
Hoje seria mais feliz

Quando teu tempo estiver no fim
E quando nada mais lhe interessar
Quando tiver só arrependimentos enfim
É de mim que vai lembrar

A tua verdadeira máscara
A moldada pelo teu rosto
A que escondeste com vergonha dos outros
Mas só eu posso ter vergonha de ti!

Te foda

Te foda,
Se pensas que tua vida vale mais que a minha;
Te foda,
Se teu eguinho se infla quando o meu murcha;
Te foda,
Se não sabes a principal diferença entre nós;
Te foda,
Se assim você se diverte;
Te foda,
Se assim eu ficar livre...

domingo, 3 de maio de 2009

Minha Liberdade

Me apresso a escrever
Essa é minha necessidade
Rápido, rápido
O tempo é curto

Se apresse
Está acabando
Preciso escrever
Preciso da independência
Preciso da chave

Corra
Deslizar os dedos pelo teclado
Asdfghjklç~]
Ou até mesmo com o lápis
Deixar fluir tudo que sinto
Tudo que preciso
Tudo que peço
Minha liberdade

quarta-feira, 22 de abril de 2009

O que queria

Acordei, meu sono se foi
Quero dormir mais
Digo ao meu corpo volte a dormir
Mas a resposta mais forte é que te amo

Comi, tenho que estudar
Quero ficar sem nada
Digo a minha mente estude
Mas só estudo suas ações, gestos e reações

Cansei, tenho que comer
Comer eu realmente quero
Digo que vou comer
Mas só queria mesmo é alimentar –me de teus beijos

O dia passou
Tenho que me recolher
Só me agrada se for ao teu abraço

Dormir, não quero
Quero te ter de novo
Só preciso me dar conta enfim
Que o tempo quando se dorme passa rápido
E que um sentimento cálido como o que sinto
Trará bons sonhos, sonhos de nós dois

A cobra

A cobra é petulante
A cobra é confiante
E a cobra se acha soturna
E a cobra se acha matura

A cobra não tem asas
Mas acha que pode voar
A cobra tem simples pernas
Mas acha que pode subir à copa das árvores

A cobra é traiçoeira
A cobra é traidora
A cobra é trágica
A cobra é tratante

E não posso mais
Livrar- me desta cobra,
Já não é possível
Mas nunca foi dito que não poderia intimidá-la
É chegada a hora da diversão

Ser, ou não ser

Não sou o que sou!
Quem é o que é?
Por que todos não vão se fuder?
Eu só quero é viver!

Por que não posso ser?
Por que não posso dizer?
Por que não posso fazer?
Por que não posso viver?
Por que não tomam no cu?
Por que fingir, eu posso?

Quando aprenderemos a libertá-los
Quando pararemos de ser o que querem?
Preciso de chocolate
Algo que me desestresse

Eu gosto do mundo
Eu gosto de tudo
Gosto do céu e da terra
Gosto do fogo e da água
Gosto de gatos e cães
Gosto de rosas e de cravos
E que Deus me perdoe
Eu quero o inferno!

A morte da morte

E aos olhos da morte
Tudo é bonito
E aos olhos da morte
O tempo pára andando rápido

E os olhos da morte
São os mesmos das crianças
E os olhos da morte
Vêem a beleza melancólica

E na face da morte
Há uma alegria triste
E na face da morte
O nada está estampado

O que deseja a morte
É ser a si, por um momento
O que deseja a morte
É não desejar mais nada

O que pertence à morte
É o tempo da sua chegada
O que pertence à morte
É nada, pois tudo sempre lhe escapa

O que sente a morte
Uma dor dormente
O que sente a morte
Um amor platônico
À morte a vida

O que teme a morte
Encontrar em sua busca
O que procura
A si mesmo

De ti, para ti

Em seus trajes sensuais
Desperta os desejos
Aos mais desavisados
Corrompe a mente

Tome cuidado jovem fanfarrão
Não te entregues à luxúria
Se o poder te leva para cama
Tua vida será a suja orgia

Ah pequeno jovem...
Vá firme de ideais
Nunca olhe pra trás
O futuro parado está
O presente é passageiro
O passado já passou

Ah, meu pequeno homem...
Do que falas não duvido,
Sua inocência infantil
Seus ideais altivos

Nunca criança!
Abandones-te no caminho
Jamais ficará sozinho
Se o tiver com carinho

O poder a muitos matou
A muitos corrompeu
Contigo será diferente
Se te lembras que não te esqueceu

terça-feira, 21 de abril de 2009

Que nome dar?

Ah, se soubesse o que não sei
Se fizesse o que eu não faço
Se eu morresse por viver
Seria eu, eu mesmo?

Ah, se eu só soubesse o que sei
Se fizesse só o que faço
Se eu morresse por morrer
Seria eu humano?

Ah, mas se eu tentar
E se eu me esforçar
Se tudo aproveitar
Algo poderia me matar?

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Paradoxos do tempo

E o mundo lá fora
Nada lá pára
Ao contrário desta fria sala
Vejo homens a trabalhar
Pessoas que sofrem
Para ter apenas as necessidades primárias

E no papel em minha mesa
Escrita, está a bravura
A bravura dos corajosos puritanos
Ah, toda essa coragem que tenho
Só me falta oportunidade

E o mundo aqui fora
Nada aqui pára
Ao contrário deste caderno vermelho
Vejo pessoas com dever terminado
Pessoas que vivem
Para um dia poder morrer

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Tributo ao Clô

Todo teu brilho
Toda tua garra
Toda tua água
Todo teu glíter

Nada teu foi em vão
Nos trouxeste luz
Oh, teu belo par de pernas!
Oh, querido Clô
Te esquecer jamais

Clô, por ti fica a admiração
Clô, tua alma se foi
Clô, conosco fica sua água
Clô, teu corpo é glíter

De ti em nós,
Ainda há a lembrança
Clô queremos que saiba
Gostamos de ti, sim
E é por que te vestias bem...

Para viver ou morrer

Eu sou eu
Minha estranheza singular,
Disfarce de quem sofreu,
Mas que tenta mudar
O mundo que viveu

A vida é simples
Complicada é a morte

A morte é dos fetiches
Da pura imaginação
Você não pode tentar morrer
Apenas se matar

A vida é das expectativas
Projeto de pura esperança
Você sempre terá um recomeço
Pra viver é só querer

quinta-feira, 19 de março de 2009

Por mim

Juro a ti
Um dia lhe quis
Louco fui
Imaginava nós dois
Agora, não mais

Não vou sofrer por ti
Eu tenho alguém
Repreendo- me de ter sofrido por ti
De agora, em diante, terei minha dose de felicidade
Identifiquei o que procuro em outro alguém
Não quero mais sofrer
Havia muito a lhe falar
Agora, só resta o silêncio

Pensando em ti

Sentado nesta sala
Neste ambiente gélido
Na minha ilusória solidão
Só lembro-me de ti

Como queria agora
Tocar em tua pele morena
Sentir tua mão fria
Na minha quente

Olho para a janela
O que queria ver, lá não está
O que posso ver são urubus
Mas como?
Já me sentem?
Apodrecendo

E minha mente se dispersa
Junto com os urubus que lá vão indo

Urubus

Urubu E R
M e l e v a M R A H
Urubu A N A
M
Até que o fio se rompa
E minha alma se corrompa

Tua marca arde

Tua marca em minha pele
Sinto- te em mim arder
Esta marca que eu mesmo faço
Em minha devoção a ti
E esta nova marca
Essa, que estou a deixar
Só se aquietará na nossa hora
O momento em que acharmo- nos
Enquanto lhe busco, ardo
E nessa dor a ti dedicada
Consigo sentir o prazer
Do meu flagelo tão teu
Pois agora em mim queima
Queima o teu nome
Kumiko

Triste retrato

Este papel
Já não tão branco
Mas se estivesse completamente escrito
Por ti seria
Assim como povoas meu pensamento
Já lhe tenho como minha
A nós como nosso
Mesmo que assim não seja
Apesar de verdadeiramente ser

Ah! Por que me faz isso?
Nunca fui paciente
Eu quero ser Ah! Não me confundas

Neste papel rabiscado
Agora vejo teu retrato
Triste retrato
Não me vejo nele
Mas eu queria...

Por ti

Juro a ti
Um dia lhe quis
Louco fui
Imaginava nós dois
Agora, não mais

Não vou sofrer por ti
Eu tenho alguém
Repreendo- me de ter sofrido por ti
De agora, em diante, terei minha dose de felicidade
Identifiquei o que procuro em outro alguém
Não quero mais sofrer
Havia muito a lhe falar
Agora, só resta o silêncio

Tentativa em vão

Como surge o amor
Esse sentimento louco
Este rumorejo rouco
Que nos faz perder o pudor

Como se acaba um amor
Isso quero descobrir
E agora já posso rir
Pois o meu por ti já acabou

Voltei à minha busca
Minha triste peregrinação
Pela luz que me ofusca

Eu quero você, Kumiko
Não adianta imitação
Te quero comigo

segunda-feira, 16 de março de 2009

Poeminha em branco

Se eu te der um oi
Me dê o se sorriso
Se sentar- me contigo
Me dê sua companhia
Se eu ficar sem graça
Dê-me seu olhar de arco- íris
Seus olhos me são cálidos

Se eu abaixar a cabeça
Dê-me carinho
Se eu tomar coragem
Coitado de mim
Se disser que te amo
Dê- me seu amor, por favor.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

O que é o amor

O que é isso
Esse frio na barriga
Por que estou tremendo,
Que sensação é essa
Só ocorre quando estou perto dela

Ela é tão boa pra mim
Quando estou triste
Se ela chega as coisas melhoram
Quando tropecei
Ela me levantou
Fiquei tão constrangido
Não por ela estar ali,
Mas por minha posição vergonhosa
Perante a ela

Sua voz me lembra algo distante
Seu toque suave para me ajuda
Tudo nela me lembra de algo
Coisas que não quero esquecer,
Assim como não quero esquecê-la

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Eternamente escravos

Pobre existência desses seres
Obrigado a ceder aos luxos
Dessas desprezíveis pessoas
Pessoas essas que se acham superiores

Ahhh
Que triste vida essa
De alguns tudo lhes é privado
Nascem para morrer
Nascem pra entreter

Cruéis
Isso que são eles
Os que se aproveitam da fraqueza alheia
Fazem que desses seres doa o couro
Para que mais dele você tenha

Suas vidas são esgotadas
Para que você,
Sim, você
Possa ter uma bela bolsa
Uma linda jaqueta
A sua comida
Ah, sim
Eles são a base que sustenta tudo
Nascem para morrer
Nascem para trabalhar
E com a força de suas patas
Movimentam-nos
Em nossa política especista e suicída

Pobres seres são esses animais!

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Desenho da Mari

E essa musiquinha foi feita em homenagem ao meu filhinho Bob Quiabo:

2x
Quando a mari te desenhou
Ela tava sem caneta
Quando a Mari te desenhou
Ela tava sem caneta
Andando no carro
Andando no carro da Silvana
Andando no carro
Andando no carro da Silvana

Mariana na hora de fazer você
Ela deve ter viajado pra valer
Botou uma chupeta bem na sua boca
E a sua forma
Fez chamar minha atenção
Tirou o seu cabelo
Da espiga do milho
E o teu sorriso meigo
De algum canetão
E o resto deve ser
Beleza interior
Mas o que tem por dentro
Para mim é apenas vento...

Refrão: (2x)
Quando a Mari te desenhou
Ela tava sem caneta
Quando a Mari te desenhou
Ela tava sem caneta
Andando no carro
Andando no carro da Silvana
Andando no carro
Andando no carro da Silvana...

Mariana na hora de fazer você
Ela deve ter viajado pra valer
Botou uma chupeta bem na sua boca
E a sua forma
Fez chamar minha atenção
Da estrela mais bonita
Ao brilho desse olhar
ovo verdadeiro
Sua presença fez quebrar
O resto deve ser
Beleza interior
Mas o que tem por dentro
Para mim é apenas vento...

Refrão: (2x)
Quando Mari te desenhou
Ele tava sem caneta
Quando Mari te desenhou
Ele tava sem caneta
Andando no carro
Andando no carro da Silvana
Andando no carro
Andando no carro da Silvana...

Andando no carro da Silvana...

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Sujeira da vida privada

Que estranho artefato
Que inusitada função
Que design arrojado
Que curioso interior

Ela está na vida de qualquer um
Faz parte de nossa vida privada
Com várias funções em um
Como seria sem ela o mundo
Podemos descobrir na época colonial
Onde debaixo das janelas tudo era imundo

Hoje dela somos escravos
Ela nos faz sentar
Sem protestar
Lá ficamos sentados
Na espera de sermos libertados

Ela é destemida
Só quer fazer seu trabalho
Enfrenta as fossas por nós
E nossas cagadas ela joga fora

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Arrependimento

Me arrependo do dia em que neguei tudo
Neguei não só pra você
Mas também neguei a mim
Tudo que havia dito um engano
Um triste infortúnio

Me arrependo agora
Vejo que o que senti era verdade
Mas o que fazer,
Se tinha chances
Será que ainda tenho

Me arrependo e isso não é fácil
Tenho tentado em minha vida não me arrepender
Não olhar pra trás
Mas você de alguma forma me forçou a isso
E agora me arrependo

Me arrependo
Isso foi culpa minha,
Totalmente minha
Uma confusão
Que agora me arrependo
Desculpa

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Quão triste é o Sol

Quão triste é o Sol
Chamam- o de astro rei
Mas de seus amores é servo
Tudo que pode entrega sem exitar

Quão triste é o Sol
Ver que tanto que doa
Nada recebe
Queria ele poder receber a luz de alguém

Quão triste é o Sol
Saber que quem se aproxima dele
Estará perdido
Mas seu único pedido
É alguém
Aquele alguém
Que o mantenha refém
E que possa doar
Tanto quanto ele

Quão triste é o Sol

Entre a vida e a morte

O que é a vida?
Qual é a fórmula dessa equação da morte,
Onde descobrir que seus parentes morrerão
é um dos primeiros aprendizados?

Como surge a vida?
Qual é o milagre nesse processo divino,
Onde cada pequeno ser tem sua beleza?

Como viver?
Qual é o jeito de se aproveitar a vida,
Onde todos são vítimas de seus artifícios maquiavélicos?

Quando se morre?
Qual é forma de se manter vivo quando a morte vem,
Onde a mesma faz o corpo perecer
E a esperança padecer

Pois a esperença é a última que morre

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

A gravidade e o caos

Por que a gravidade existe?

Por que senão o mundo seria um caos

Mas o que é o caos?

Para mim isso é o caos

Começo a pensar, seria mesmo eu um planeta?

Talvez não

Sou apenas mais um cometa

Tenho vagado por esse universo

Sem destino, assim minha vida é vaga

Quando penso sou puxado

Ao mesmo tempo sou empurrado

Pra mim isso é o caos

Ver que em minha vida sempre será assim

O que me resta é esperar sorte na morte

Pra mim isso é o caos

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