quarta-feira, 22 de abril de 2009

O que queria

Acordei, meu sono se foi
Quero dormir mais
Digo ao meu corpo volte a dormir
Mas a resposta mais forte é que te amo

Comi, tenho que estudar
Quero ficar sem nada
Digo a minha mente estude
Mas só estudo suas ações, gestos e reações

Cansei, tenho que comer
Comer eu realmente quero
Digo que vou comer
Mas só queria mesmo é alimentar –me de teus beijos

O dia passou
Tenho que me recolher
Só me agrada se for ao teu abraço

Dormir, não quero
Quero te ter de novo
Só preciso me dar conta enfim
Que o tempo quando se dorme passa rápido
E que um sentimento cálido como o que sinto
Trará bons sonhos, sonhos de nós dois

A cobra

A cobra é petulante
A cobra é confiante
E a cobra se acha soturna
E a cobra se acha matura

A cobra não tem asas
Mas acha que pode voar
A cobra tem simples pernas
Mas acha que pode subir à copa das árvores

A cobra é traiçoeira
A cobra é traidora
A cobra é trágica
A cobra é tratante

E não posso mais
Livrar- me desta cobra,
Já não é possível
Mas nunca foi dito que não poderia intimidá-la
É chegada a hora da diversão

Ser, ou não ser

Não sou o que sou!
Quem é o que é?
Por que todos não vão se fuder?
Eu só quero é viver!

Por que não posso ser?
Por que não posso dizer?
Por que não posso fazer?
Por que não posso viver?
Por que não tomam no cu?
Por que fingir, eu posso?

Quando aprenderemos a libertá-los
Quando pararemos de ser o que querem?
Preciso de chocolate
Algo que me desestresse

Eu gosto do mundo
Eu gosto de tudo
Gosto do céu e da terra
Gosto do fogo e da água
Gosto de gatos e cães
Gosto de rosas e de cravos
E que Deus me perdoe
Eu quero o inferno!

A morte da morte

E aos olhos da morte
Tudo é bonito
E aos olhos da morte
O tempo pára andando rápido

E os olhos da morte
São os mesmos das crianças
E os olhos da morte
Vêem a beleza melancólica

E na face da morte
Há uma alegria triste
E na face da morte
O nada está estampado

O que deseja a morte
É ser a si, por um momento
O que deseja a morte
É não desejar mais nada

O que pertence à morte
É o tempo da sua chegada
O que pertence à morte
É nada, pois tudo sempre lhe escapa

O que sente a morte
Uma dor dormente
O que sente a morte
Um amor platônico
À morte a vida

O que teme a morte
Encontrar em sua busca
O que procura
A si mesmo

De ti, para ti

Em seus trajes sensuais
Desperta os desejos
Aos mais desavisados
Corrompe a mente

Tome cuidado jovem fanfarrão
Não te entregues à luxúria
Se o poder te leva para cama
Tua vida será a suja orgia

Ah pequeno jovem...
Vá firme de ideais
Nunca olhe pra trás
O futuro parado está
O presente é passageiro
O passado já passou

Ah, meu pequeno homem...
Do que falas não duvido,
Sua inocência infantil
Seus ideais altivos

Nunca criança!
Abandones-te no caminho
Jamais ficará sozinho
Se o tiver com carinho

O poder a muitos matou
A muitos corrompeu
Contigo será diferente
Se te lembras que não te esqueceu

terça-feira, 21 de abril de 2009

Que nome dar?

Ah, se soubesse o que não sei
Se fizesse o que eu não faço
Se eu morresse por viver
Seria eu, eu mesmo?

Ah, se eu só soubesse o que sei
Se fizesse só o que faço
Se eu morresse por morrer
Seria eu humano?

Ah, mas se eu tentar
E se eu me esforçar
Se tudo aproveitar
Algo poderia me matar?

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Paradoxos do tempo

E o mundo lá fora
Nada lá pára
Ao contrário desta fria sala
Vejo homens a trabalhar
Pessoas que sofrem
Para ter apenas as necessidades primárias

E no papel em minha mesa
Escrita, está a bravura
A bravura dos corajosos puritanos
Ah, toda essa coragem que tenho
Só me falta oportunidade

E o mundo aqui fora
Nada aqui pára
Ao contrário deste caderno vermelho
Vejo pessoas com dever terminado
Pessoas que vivem
Para um dia poder morrer

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Tributo ao Clô

Todo teu brilho
Toda tua garra
Toda tua água
Todo teu glíter

Nada teu foi em vão
Nos trouxeste luz
Oh, teu belo par de pernas!
Oh, querido Clô
Te esquecer jamais

Clô, por ti fica a admiração
Clô, tua alma se foi
Clô, conosco fica sua água
Clô, teu corpo é glíter

De ti em nós,
Ainda há a lembrança
Clô queremos que saiba
Gostamos de ti, sim
E é por que te vestias bem...

Para viver ou morrer

Eu sou eu
Minha estranheza singular,
Disfarce de quem sofreu,
Mas que tenta mudar
O mundo que viveu

A vida é simples
Complicada é a morte

A morte é dos fetiches
Da pura imaginação
Você não pode tentar morrer
Apenas se matar

A vida é das expectativas
Projeto de pura esperança
Você sempre terá um recomeço
Pra viver é só querer

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