quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Mas...

De tudo que senti
O mais belo foi a ti
E nem meu melhor sentimento
Poderia se comparar a ti diante de meus olhos

E o toque de tua pele
O exalar de teu perfume
A visão de teu sorriso
O som da tua voz
Até o gosto de tua carne
Em minha mente e meu coração
Só era meu, o que a ti pertencia
E como queria eu, pertencer a ti

Depois de ti nunca mais
Nunca o mesmo, sempre outro
Até que outra...
A que completou- me
Mas perto de ti sou teu

Outra veio
Deixou- me mais vazio
O vazio que outra veio e completou
Mas reforma pública não conserta uma estrada
E nem a deixa mais trafegável

Depois de ti outras vieram
E disso não me arrependo
E as dei um pouco de mim
Um pouco de ti, não vejo clara diferença

Cada um de meus amores
Nem sempre amores
Concedo a ti
Pois cada um
Foi dizer- te não te amo

Mas do que adianta
Tua pele adormece meu corpo
Teu perfume me desacorda
Tua visão me cega
tua voz me emudece

E se hoje amo
É a ti
Se ontem amei
Foi por não te ter
E se outra vou amar
Será por não ter te tido
Sem ti sou eu
Contigo sou teu
Sem ti sonho com o mundo
Contigo nada mais preciso
Pois perto de ti sou teu

Post especial para Gabi Luz, não que seja ela de quem eu falo na poesia ( apesar de que ela está incluída), é só que ela é chata mesmo.

Canção do exilado

Não tenho terra
Não quero algemas
Vôo livre
Mais rápido que as aves

O meu céu tem mais constelações
Minhas várzeas, entupidas de flores
Nos meus bosques, até a morte é bonita
Na minha poesia meus amores

Quando estou sozinho, dia ou noite
Começo eu a divagar
Não tenho terra
Não quero algemas

Minhas poesias me prendem me divertem
Mas aí só vejo merda
Quando estou sozinho, dia ou noite
Começo eu a divagar

Não tenho terra
Não quero algemas
Não permita ABL que eu morra
Sem imortal virar
Sem que desfrute do chá da quinta
E mude o mundo de lá
Pois no meu mundo vivo eu,
Mas quero melhorar o de lá

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Sorte

Todos já devem ter se sentido com sorte em algum momento, mas será que isso existe mesmo, ou será que sempre percebemos essa tal “sorte”, me veio a idéia desse capítulo hoje no café da manhã, quando fui tomar café da manhã, na hora de pegar a xícara, consegui pegar a última, a primeira coisa que me veio à cabeça foi: Que sorte a minha! Mas também instantaneamente, percebi, que se tivesse mais xícaras ali não pensaria de tal foram, ou seja, tantas situações nas quais deveria me considerar sortudo, mas as desperdicei, por não parecerem, de sorte pelo simples fato de ser algo comum, assim como o azar, pois reflitamos, em qual situação se sentiriam mais azarados, quando por acaso, na hora que você chegasse acabassem as xícaras, ou se chegasse sem xícaras e tivesse que esperar, pode ser que pensem diferente, mas respondo por vocês, primeira opção, acho que é por que mesmo sabendo que aconteceu, tem vezes que a gente prefere não saber das coisas.
Vontades de um autor
Sinceramente, apesar de alguns não terem percebido, creio eu, já comecei a me abrir, estou me sentindo bem com vocês, creio até que podemos estreitar um pouco mais nossa relação, começo a achar que estou a criar sentimento por vocês e que só o dinheiro de você para mim não será o bastante, mas ajuda, muito, então se estiver lendo isso na internet, deixa de ser infeliz, compra esse livro para que eu possa sentir um pouco de cada um, por favor paguem em notas de 20, acho aquela barrinha que elas tem super simpática, espero que o pessoal da editora leia isso e queira me pagar só em notas de R$ 20 também, me sentiria muito querido se isso acontecesse, mas se possível pagamento em notas de R$ 100 seria ideal.
Como começamos a falar de sentimentos e estreitamento de relações posso voltar a pedir que se quiserem dar presentes, dêem esse livro, pois se dinheiro não traz felicidade, compre este livro e me dê o seu, mas entrando em um assunto não capitalista...
Começo a achar que terão uma impressão capitalista da minha pessoa não a desmente por completo, mas não ambiciono grandes riquezas, só o suficiente para alguns luxos.
Por que toda vez que tento retornar ao assunto me vem dinheiro a cabeça de novo?
Ok, agora serei direto para não pensar em dinheiro de novo, ih... pensei, mas esse livro me deu vontade de botar uma auto biografia, assim entenderam, não só o meu ser, mas também, por que sou esse ser, tipo Akauã, uma história; De Akauã a Kenichi; A saga mágica de Akauã. OOPS, acho que esse último tem que ficar para outro livro, as mesmas regras que valiam até agora continuam a valer.






Quem já lê meu blog há um tempo, deve saber que sempre furo e passo uns tempos sem postar. mas aí está meu retorno.Esse é um pedaço de um projeto de livro que eu tenho, o "Livro de ideias".

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

O Mar

Cada um com sua vida e preocupações, isolados em pensamentos, dentro e fora daquele ônibus em que estava eu, cada um com seus passos. Segundos, Terceiros, e por aí se vão as realidades das cabeças dos indivíduos, tão pobres e individuais cabeças.Lá fora outras realidades, cada um com a sua, tirando a mente de seu sono.
Sem procurar muito encontrei o que me era necessário. Enquanto o movimento era incessante e o barulho infernal (Imaginava eu dentro do ônibus), como se perseguido, caminhava em ritmo acelerado, porém sem correr, homem tão amedrontado, com sua bolsa presa em seus braços, como se fosse a prole mais recente de uma mãe protetora, olhava para os lados, devia procurar movimentos estranhos, algo ameaçador, talvez para correr antes que fosse demasiado tarde. Ainda na loucura, não muito distante do primeiro moço que vos narrei, vinha lenta e indefesa, velhinha fraca, de feições sofridas, cuja única defesa talvez fosse aquela bengala que usava para se sustentar, mas no momento de desespero só poderia se ater a um terço que talvez carregasse em sua bolsinha... E rezar, rezar para esse Deus, seja quem for.
É difícil saber o que pode ter acontecido a qualquer um, só se pode imaginar, imaginar tantas coisas. Talvez até apareça o rosto daquele homem em uma manchete de jornal, um retrato falado de um criminoso fugitivo e perigoso, ou quem sabe não apareça a velha morta, jogada ao chão, seu rosto sofrido, agora frio, a bengala que a sustentava, caída ao chão. Pode ser, mas de qualquer forma não saberei, aos meus olhos foram outros em um mar de pessoas, cujos rostos nem sonho em ver novamente.

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