quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

O crime

Desde a minha infância
De meus ímpetos fui escravo
Eis essa a razão de meu agravo
Que me fez escravo da ignorância

Se o fiz, não foi por maldade
Pois a ninguém desejo o mal
Mas por tristeza,
Que nunca senti tal qual,
Seja nesta, ou em outra idade

Quando amo, amo demais
Amar pouco é bobagem
Por isso tomei a coragem
E agora não a amo mais
Pois seu coração gelado
Hoje habita seu corpo frio

Pois alguns não sabem o que é amor
E se soubessem, não mereceriam
E se alguém os ama, não deveriam
Pois tal amor só faz bem àquela rima
Dos inveterados da dor

Me perdoe senhor
Mas meu arrependimento não é sincero
E meu meu perdão, muito menos
Não me desculpo do crime
Me desculpo das evidências
Pois no cúmulo de minha carência
As deixei a olho nu
Para que atrás de mim viesse

E no fim deste história
Que a sentença seja cumprida
E a pena seja de morte
E feliz me juntarei à escória
Daqueles que não sabem amar
E juro a ti que não imploro
Nenhum momento por minha vida
Pois esta já se encerrara
Na última estocada,
Em seu último suspiro

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

A finalidade

O que faço eu, que não tenho nada
E de migalha em migalha aprendi a viver?
O que faço eu, se não tenho o que basta
Muito menos o que me satisfaça
E o que quero, tenho de fingir ou fazer?

O que faço se já fui crente
Mas hoje sou descrente,
De tudo que puder dizer

Se já fui rico, tive amor
Foi há tanto doutor,
Que já nem posso lhe dizer
Mas esta vida minha foi perdida
Pois cada coisa que gostei
Já se foi, Já se gastou, ou está perdida

Mas na vida não se há medida
E se fosse uma corrida
Ninguém chegava ao fim
E o meu fim, já chegou,
Antes mesmo de mim
Que nasceu assim,
Sem esperança, sem amor, sem fim

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