quinta-feira, 9 de junho de 2011

Dor nostálgica

Amor,  é veneno de visão
Saudade é veneno de tato
Adormecido, sem percepção

Saudade é querer segurar
O cheiro do amado
Que no próximo segundo não estará

Saudade é a morte dos apaixonados
Melancolia dos queridos
Sorte dos casados

Saudade é o aperto no peito
Do bardo ferido
Que não tem o par de seu dueto

Saudade é a presença do que não está
Saudade é prender o que não pode ser preso
Até que sobre só a dor
A dor nostálgica de um amor

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Vida leve

Não alcanço mais
O que ficou pra trás
Pacifico minha alma
Que agora se desarma

Não que os vá ver
Mas quero um sorriso
No dia que esse velho morrer
Mesmo que não vá para o paraíso

Mesmo que a vida tenha sido uma desgraça
Quero que aceitem meu parto, o tempo passa
Quero o pesar mais sincero
O sorriso do amigo nostálgico
A tristeza do inimigo honroso
Enquanto alguém sorrir minha morte
Serei homem de sorte

Saberei que a vida não foi em vão
Mesmo que se passe minha geração
Se houverem próximas que respeitem minha história
E que riam com a minha memória

Da vida que foi triste
Da vida que foi alegre
Vida que nem mais existe
Vida morrida...
Vida leve

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