sexta-feira, 23 de julho de 2010

textinho

Morreu, como quem estava cansado de uma farra eterna, mas sua insônia fez de seus remédios, balas, 8. Ainda nem sei por onde tomou tudo aquilo, talvez a vida tivesse lhe sido tão boa, que para arrancá-lo só com um coquetel exagerado de balas, balas que arrancaram o ar de seu pulmão, que muito provavelmente, e assim imagino, foi furado pelas doses repetitivas de remédio.
Não tenho direito de dizer que foi uma vida boa, não o conheci o suficiente, mas sinto que a aproveitou de maneira que poucos souberam, foi bom, malandro, generoso, criança. Talvez por isso precisou de tantas balas, que gosto será que tinha? Agora está morto...
O dia passou, escureceu a festa acabou, pra ele, e ele morreu e agora dorme, que descanse em paz, quem sabe não acorde amanhã? Pronto pra mais festa, pra curtir a vida, mas por enquanto está morto...

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