domingo, 3 de agosto de 2014

Alcatraz

O meu Juízo,
De ser Juíz, há muito desistiu
Pois já se cansou
De julgar meus atos
Desmandos, desparates
Canalhices e mediocridades

Já se mostrou contra
E contra-argumentou
Com meus sujos e corruptos
advogados, rins.
Que parecem ter estômago de aço
Mas não há fatos contra argumentos
Enquanto tão bem construídos
E tão bem alicerçados
Na vaidade, mas não vã, irrealidade
De minhas auto-mentiras
Pois assim me afasto
Desfaço, me disfarço
E no meu encalço
Fujo de mim,
Para esconder-me de mim mesmo


E me prendo em múltiplos grilhões
Num canto qualquer de minha mente
E admitidamente
Faço de mim a prova viva
Em alma e sentimentaloidismo
Em minha própria Alcatraz
De que um homem morto é uma ilha
Se não completo,
Um remendo qualquer

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